"É como se a violência e a política no mundo estivessem pedindo por isso"
Criticar as corporações não é a única provocação na agenda de José Padilha (Tropa de Elite) para o remake de RoboCop. A sátira social também estará presente no filme, segundo entrevista do diretor brasileiro ao Telegraph.
"O elemento de sátira de RoboCop é, creio eu, necessário hoje. Aquele tipo de sátira social agressiva que eu não tenho visto bem feita nos filmes ultimamente. É como se a violência e a política no mundo estivessem pedindo por isso", diz Padilha.
Questionado sobre as interpretações que as pessoas fazem de seus filmes, o diretor minimiza. "Eu não penso muito nisso. Se as pessoas querem entender errado, é problema delas. Isso é algo que acontece com filmes ao longo da história. Taxi Driver é famoso por levar a interpretações errôneas. Como cineasta, não me vejo represando a expressão artística para antever o que o público vai pensar. Preciso ser claro comigo mesmo e consciente do que estou tentando dizer. As más interpretações são inevitáveis."
Padilha recentemente levou uma nova versão do roteiro, que ele trabalhou com Josh Zetumer, a Los Angeles, onde atualmente participa também da seleção de elenco.
A ideia é filmar a partir de fevereiro ou março.
Eu sei que é quase impossível,mas para quem não conhece,Robocop conta a historia de Alex Murphy, um policial de Detroit, que é brutalmente metralhado pelos suspeitos de um roubo a banco. Dado oficialmente como morto, Alex é transformado pela OCP (Omni Produtos de Consumo) em um moderno e poderoso ciborgue de combate ao crime batizado Robocop. Sem memória, o policial do futuro age punindo infratores e fazendo a lei... até que começa a ser atormentado pelas lembranças de Alex Murphy - e a vingança torna-se sua principal diretriz.
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